“Porque faz uma pergunta e sai sem ouvir a resposta? Sei que eles tem o compromisso delas”, afirmou ao deixar a Comissão de Finanças e Tributação (CFT).
Na ocasião, os deputados do Partido Liberal Carlos Jordy (RJ) e Nikolas Ferreira (MG), fizeram perguntas em bloco, ou seja, quando vários parlamentares questionam em conjunto, mas após o fim das falas, deixaram a comissão.
Durante a sessão, Haddad criticou a posição dos parlamentares e afirmou que a atitude deixar o colegiado antes que ele pudesse responder era um “pouco de molecagem”. Ele ainda pediu que “enviassem um recado” aos deputados para que “aprendessem um pouco mais sobre contas públicas”.
Jordy voltou ao colegiado, disse que tinha deixado a sala para ar em outra comissão e disparou conta o ministro: “moleque é você”.
Nikolas também retornou e afirmou o mesmo que o colega, sobre estar em outras comissões. À CNN, afirmou que vai agir para convocar Haddad novamente na Câmara.
“Ele disse diversas mentiras que eu iria rebater. Mas, como hoje foi apenas um convite, agora vamos trabalhar para que ele seja convocado. E espero que, desta vez, não fuja do debate como fez hoje”, declarou o deputado.
Em conversa com a imprensa após o término da sessão, que foi finalizada depois do bate boca, Haddad ressaltou que se dispôs a ir ao Parlamento justamente para dialogar.
“Eu não considero nenhum desrespeito moral. A pessoa, sempre que se dispõe a vir ao Parlamento — tanto aqui como lá — vem com muita disposição, com todo interesse de esclarecer. Aí a pessoa faz a pergunta, limita uma porção de números errados sobre a economia... e simplesmente sai. Sai da sala antes de ouvir a resposta”, afirmou.
“Qual é o objetivo de uma, de uma comunidade, de uma reunião como essa? É pra esclarecer a opinião pública do que tá acontecendo”, continuou.
Haddad citou ainda o episódio envolvendo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que também foi xingada em uma comissão do Senado Federal no mês ado.
“Toda vez que um deputado, pensando nas suas redes sociais, desrespeita o ministro — como já aconteceu com a Marina, hoje comigo — faz a pergunta, fala o que quer, insinua coisas e simplesmente vai embora. Antes do ministro de Estado responder. Ele nunca desrespeitou”, disse.
“Falam o que querem e simplesmente vão embora, antes do ministro responder. E se eu fizesse o oposto e fosse embora sem responder?”, provocou. Para ele, a prática compromete o debate democrático.
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