O contrato de ouro com vencimento em agosto avançou 1,48% na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), encerrando o dia a US$ 3.452,8 por onça-troy. Na semana, o metal teve variação positiva de 3,17%.
A alta é uma reação clara ao aumento do risco geopolítico e à incerteza do mercado de ações, afirma David Morrison, da Trade Nation, em nota. Isso ocorre após os ataques israelenses contra o Irã, seguidos por um contra-ataque iraniano com drones, impulsionando o sentimento de aversão ao risco no mercado.
O ouro vinha lutando há cerca de seis semanas para subir firmemente acima do nível de US$ 3.400/onça e será interessante ver se ele consegue se manter acima dessa marca no fim de semana, afirma Morrison. Também vale notar que o ouro obteve esses ganhos mesmo com a forte valorização do dólar. Isso mostra que os dois ativos não estão tão intimamente correlacionados inversamente quanto os traders acreditavam anteriormente, escreve.
O Commerzbank aponta que as dúvidas crescentes sobre o futuro status do dólar como porto seguro e principal moeda de reserva do mundo, bem como os repetidos ataques à independência do Federal Reserve (Fed), desempenham um papel fundamental nos preços do ouro. O metal provavelmente será o principal beneficiário dessas dúvidas, pois está livre de riscos políticos. "Por esse motivo, bancos centrais e investidores privados também devem continuar comprando ouro em larga escala, apesar do nível de preço já elevado, embora a nova alta de preço provavelmente perca força", projeta.
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