Os dados são da pesquisa "Radar da Inclusão: mapeando a empregabilidade de Pessoas com Deficiência" realizada em parceria da Talento Incluir, Instituto Locomotiva, Pacto Global e a iO Diversidade.

Além disso, das pessoas com deficiência que já são líderes, 12% estão em cargos chamados de média liderança, como gerente, coordenador ou supervisor, e somente 2% em cargos de alta liderança, como diretor(a), vice-presidente e presidente.

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O levantamento mostra também que, embora metade das pessoas com deficiência empregadas tenham mais de três anos de empresa, 63% nunca receberam uma promoção.

"Há uma percepção majoritária de que ser pessoa com deficiência e/ou neurodivergente impacta negativamente na empregabilidade – muito embora não impacte negativamente na execução do trabalho", indicou o estudo.

Atualmente, a legislação determina que empresas com 100 empregados ou mais reservem vagas para esse grupo, evitando a discriminação nos processos seletivos, e que disponibilizem dispositivos adaptados para o funcionamento das suas atividades.

Contudo, 8 em cada 10 pessoas já se sentiram prejudicadas no mercado de trabalho por ser uma pessoa com deficiência e/ou neurodivergente.

"O planejamento precisa extrapolar o mero cumprimento das cotas obrigatórias e de fato incluir a pessoa com deficiência como profissionais com oportunidades de apresentar suas habilidades e se desenvolver na carreira", diz Rachel Rua, diretora do Instituto Locomotiva.

Assim, 98% das pessoas entrevistadas pelo estudo afirmam que além de garantir a representatividade de pessoas com deficiência, as empresas devem ter programas que garantam que elas sejam de fato incluídas e valorizadas.

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Mais de 80% da pessoas com deficiência não ocupam cargos de liderança | CNN Brasil