Um homem que trabalha perto do local do acidente viu o momento da queda e contou como o que ele testemunhou:
"Meu escritório fica a 200 metros do local do acidente. Ouvi um barulho e saí. Então, vi uma nuvem espessa de fumaça. As pessoas começaram a correr em meio ao caos. Agora que cheguei aqui [no local do acidente], consigo ver a situação", afirmou a testemunha.
O voo, que tinha como destino o aeroporto de Gatwick, em Londres, enviou um sinal de emergência (Mayday) para a torre de controle momentos antes do impacto. A aeronave perdeu altitude rapidamente e se chocou contra um prédio que servia como alojamento de estudantes de uma universidade de medicina.
De acordo com informações da polícia local, readas à agência Reuters, pelo menos 290 corpos já foram recuperados, incluindo 204 ageiros do avião. Este número, se confirmado, indica um alto número de vítimas também em solo.
Até o momento, apenas um sobrevivente foi confirmado entre os ageiros do avião. Trata-se de um cidadão britânico que ocupava o assento 11A, cuja sobrevivência foi descrita como "milagrosa" pelo chefe da polícia local.
O CEO da Air India informou que algumas pessoas estão recebendo tratamento médico, mas não especificou se são ageiros ou pessoas atingidas em solo. As equipes de resgate continuam as buscas por mais sobreviventes.
Entre os ageiros, havia 169 indianos, 53 britânicos, 7 portugueses e 1 canadense, refletindo as fortes ligações entre o Reino Unido e sua antiga colônia.
Este é o primeiro acidente fatal envolvendo o modelo Boeing 787-8 Dreamliner, considerado uma aeronave de ponta da fabricante americana. O incidente deve intensificar o escrutínio sobre a Boeing, que já enfrentava uma crise de confiança devido a acidentes anteriores com outros modelos.
As autoridades indianas iniciaram as investigações para determinar as causas do acidente. Especialistas em aviação alertam que, neste estágio inicial, é prematuro apontar uma única causa, sendo provável que múltiplos fatores tenham contribuído para a tragédia.