Além disso, as autoridades também estão protegendo integrantes do partido de Uribe, o Centro Democrático, e ajustaram a segurança dos outros 30 aspirantes a candidatos à Presidência do país.
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (9), o diretor da Polícia Nacional da Colômbia, Carlos Fernando Triana Beltrán, afirmou que há um amplo contingente policial no centro hospitalar onde o senador está internado em estado crítico para protegê-lo, assim como a sua família.
“Foram complementados o sistema de segurança com a Direção de Proteção da Polícia Nacional para ele, para sua família, para o [partido] Centro Democrático, a todos os integrantes deste partido político”, disse o líder da força de segurança.
O anúncio foi realizado após o próprio partido de Uribe exigir “medidas imediatas de proteção” para integrantes da sigla.
O partido afirma ter manifestado com "insistência" a necessidade de "revisar, fortalecer e garantir os esquemas de segurança para todos" os seus integrantes e líderes políticos.
"A situação atual, agravada pelas múltiplas ameaças reportadas, exige uma resposta urgente e efetiva", destacou a sigla em carta de domingo (8) dirigida ao diretor da Unidade de Proteção da Polícia.
O partido afirmou que houve omissão sistemática e negligente após diversos requerimentos de segurança para seus líderes. "Esta conduta constitui uma flagrante e grave violação ao marco legal que protege o exercício da oposição na Colômbia”, adicionou.
Baleado enquanto discursava no palanque em um parque de Bogotá, o pré-candidato à Presidência da Colômbia apresentou pouca resposta "às intervenções e tratamentos médicos" e continua em estado crítico e extremamente grave, segundo a Fundação Santa Fé de Bogotá.
Segundo o Beltrán, a polícia também está protegendo o centro assistencial onde a pessoa identificada como autor dos disparos está preso. De acordo com ele, o adolescente é visto como figura chave para o avanço das investigações.
Quando questionado sobre a ligação do autor dos disparos com organizações criminosas, o diretor policial afirmou que ele é "um menor de idade, muito provavelmente instrumentalizado por atores criminosos”.
“Estamos neste processo de estabelecer se há alguma conexão com atores ilegais e com outras pessoas que instrumentalizam uma criança para cometer um ato tão aberrante como o que se apresentou no fim de semana contra a integridade do senador Miguel Uribe”, completou.