Milhares de pessoas, incluindo mulheres e crianças, aglomeraram-se na cidade, que está sob controle total do Exército israelense, em direção a um dos pontos de distribuição para receber pacotes de alimentos.
Outros vídeos, alguns dos quais a agência de notícias Reuters não conseguiu verificar imediatamente, mostraram filas de pessoas caminhando por um corredor isolado por arame farpado e entrando em um grande campo aberto onde a ajuda humanitária estava empilhada.
Mais tarde, imagens compartilhadas nas redes sociais mostraram grandes partes da cerca derrubadas, enquanto as pessoas se acotovelavam para chegar ao local.
Vários moradores que tentavam obter ajuda relataram à CNN que estavam gratos pela comida que receberam, mas descreveram longas caminhadas para chegar ao centro de distribuição, filas de horas e confusão generalizada.
Israel e a Fundação Humanitária de Gaza (GHF) afirmaram, sem apresentar provas, que o Hamas tentou impedir o o de civis.
O Hamas negou a acusação.
Um bloqueio israelense de 11 semanas à ajuda humanitária levou a população do território, de mais de 2 milhões de palestinos, para a fome e para uma crise humanitária cada vez mais profunda. A primeira retomada da ajuda chegou aos poucos ao território na semana ada.
No final da tarde de terça-feira (27), a GHF informou ter distribuído cerca de 8 mil caixas de alimentos, totalizando cerca de 462 mil refeições.
Segundo a organização, o fluxo de refeições aumentará a cada dia, visando entregar alimentos a mais de um milhão de pessoas, número que corresponde a 60% da população de Gaza, até o final da semana.
A fundação está preparando outros três locais para a distribuição de ajuda humanitária, dois dos quais estarão localizados no sul e um no centro de Gaza.
Todos os locais no sul foram alvos de uma ordem de desocupação em massa no dia anterior.
Não foram escolhidos locais de distribuição no norte de Gaza, um ponto de crítica de muitos especialistas em ajuda humanitária.
A ONU já havia alertado que o fato de os locais iniciais estarem apenas nessas duas regiões, poderia ser visto como um incentivo ao objetivo publicamente declarado de Israel de expulsar "toda a população de Gaza", como afirmou o Ministro da Defesa, Israel Katz, no início deste mês.
*Com informações da Reuters
