Assessor no governo do DF é procurado pela Interpol
James Marciel de Sousa Oliveira consta na lista a pedido da polícia da Argentina e dá expediente na istração do Plano Piloto de Brasília; governador Ibaneis determinou exoneração após saber do caso pela imprensa
Um assessor do Governo do Distrito Federal, que trabalha diariamente em Brasília, consta como foragido internacional na Difusão Vermelha da Interpol, sendo procurado em 196 países.
Atualmente, James Marciel de Sousa Oliveira atua no Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codes-DF), ligado à istração Regional do Plano Piloto. Sua nomeação ocorreu em agosto do ano ado.
Em 2021, ele foi assessor técnico na Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal. O brasileiro foi incluído na lista da Interpol a pedido da polícia da Argentina, pelos crimes de associação ilegal e fraude especial envolvendo o uso de dados de cartões de débito e/ou crédito de terceiros, conforme divulgou o portal Metrópoles e confirmou a CNN.
James consta na consulta pública do site da Interpol, ível a qualquer pessoa que deseje pesquisar. Ele é um dos 71 brasileiros listados nesse sistema.
Em suas redes sociais, de perfil aberto, publica registros da entrega de cestas básicas a famílias carentes e postagens de cunho político.

A CNN questionou a Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal para saber se as forças policiais e de inteligência desconheciam o paradeiro do foragido internacional, que trabalhava normalmente em Brasília. A PCDF informou que está apurando o caso.
O Governo do Distrito Federal ainda não se manifestou oficialmente sobre a vida pregressa do servidor antes da nomeação.
À CNN, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou que o servidor comissionado será exonerado. O GDF tomou conhecimento do caso após ser acionado pela imprensa.
A istração do Plano Piloto informou que solicitou a exoneração do servidor desde o dia 5 de junho e que ele se encontra afastado de suas funções, embora a exoneração ainda não tenha sido oficializada.
“No momento de sua nomeação, o servidor apresentou toda a documentação exigida pelos órgãos de controle, incluindo certidões e declarações previstas em lei — entre elas, a de antecedentes criminais —, que não apontavam nenhum impedimento para o exercício do cargo público”, declarou o órgão.