“O governo entende a posição adotada por parte da Câmara, mas nós vamos buscar votos para manutenção dos termos do decreto, porque o que remanesceu do decreto já é resultado de um conjunto de diálogos que o ministro Haddad, que o governo teve tanto com a Câmara, quanto com o Senado”, disse Randolfe, após reunião com as lideranças do Senado.
A decisão de Hugo foi tomada após a reunião com os líderes da Câmara, na manhã desta quinta-feira (12). Randolfe afirma que o governo realizou uma série de alterações devido aos pedidos que partiram dos próprios parlamentares.
“O governo foi totalmente sensível a todas as argumentações do Congresso, sobretudo da Câmara dos Deputados em relação ao decreto do IOF. É por conta disso que o decreto foi reeditado. Do decreto original, que primeiro criou-se controvérsias, não resta nem 20% do texto primeiro. O que remanesce no texto é algo que se reporta única e exclusivamente a operações do mercado financeiro, que representa 2 ou 3% das mobilizações em relação a isso”, argumentou.
Randolfe também rebateu críticas de Hugo à demora na liberação de emendas. O presidente da Casa vem reiteradamente pontuando a falta de rees por parte do Executivo.
O líder do governo justificou que, se há atraso nos rees, é por conta do atraso na aprovação do próprio Orçamento, que ocorreu em meados de abril.
“Como poderia ter liberação de emendas sem votação do orçamento?”, questiona. “O curso de liberação das emendas vai percorrer o curso normal do orçamento que tem sido percorrido, nós temos uma peça orçamentária que foi votada em março abril desse ano”.
Além disso, o líder enfatiza que na própria peça orçamentária, já houve indicativo de um forte contingenciamento. Ele alerta que, caso o Congresso siga barrando as medidas relacionadas ao IOF, o contingenciamento será ainda maior.
“Se for derrubado o PDL relativo ao IOF, o bloqueio vai ser ampliado inclusive sobre as emendas. Obviamente também atingirá as emendas parlamentares”, frisou.