Segundo o deputado, essa percepção negativa tem sido reada ao governo “com muita tranquilidade e franqueza” com o objetivo de ajudar o Brasil.

“Não estou à frente da presidência da Câmara para servir a projeto político de ninguém. A responsabilidade que temos nesse cargo é garantirmos ao país a condição de prosperar”, afirmou Hugo Motta durante evento com empresários, em Brasília.

“Eu já comuniquei à equipe econômica que as medidas que estão pré-anunciadas deverão ter uma reação muito ruim, não só dentro do Congresso como também no empresariado", acrescentou.

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As medidas apresentadas pela equipe econômica incluem o fim da isenção de rendimentos das LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e das LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio). A ideia tem sido amplamente criticada pelo setor do agronegócio e pela bancada ruralista no Congresso. A intenção do governo é que as LCI e LCA em a ter tributação de 5% no Imposto de Renda (IR).

"Nós temos que entender apresentar ao setor produtivo qualquer solução que venha trazer aumento de tributos, de impostos, sem o governo apresentar o mínimo de dever de casa do ponto de vista do corte de gastos, isso não será bem aceito pelo setor produtivo, nem pelo poder Legislativo”, declarou Motta.

No encontro, o presidente da Câmara defendeu que o governo faça o “dever de casa” do ponto de vista fiscal. Também defendeu medidas para garantir um ambiente econômico favorável.

"Quando você parte para trazer taxação de títulos que eram isentos e que ajudam a fomentar o agronegócio e o setor imobiliário, é claro que esses setores irão reagir. Esses títulos têm sido, na verdade, a grande fonte de financiamento num cenário de juros elevadíssimos como temos hoje no nosso país", disse.

O pacote de medidas elaborado pelo governo foi debatido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em reunião no domingo (9) com Motta, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e líderes partidários.

No dia seguinte, no entanto, Motta afirmou, durante evento em São Paulo, que não há por parte do Congresso Nacional o compromisso de aprovar as propostas sugeridas pelo Executivo.

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